segunda-feira, 25 de junho de 2007

Prece Árabe

Deus, não consintas que eu seja
carrasco que sangra as ovelhas,
nem uma ovelha nas mãos dos algozes.
Ajuda-me a dizer sempre a verdade
na presença dos fortes
e jamais dizer mentiras para ganhar
os aplausos dos fracos.

Meu Deus! Se me deres a fortuna,
não me tires a felicidade;
se me deres a força, não me tires a sensatez,
se me for dado prosperar, não permita que
perca a modéstia, conservando apenas
o orgulho da dignidade.

Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas,
para não enxergar a traição dos adversários,
nem acusá-los com maior severidade
do que a mim mesmo.

Não me deixes ser atingido pela ilusão
da glória, quando bem sucedido e nem
desesperado quando sentir o insucesso.
Lembra-me que a experiência de um fracasso
poderá proporcionar um progresso maior.

Ó Deus! Faze-me sentir que o perdão
é maior índice de força, e que a vingança
é prova de fraqueza. Se me tirares a fortuna,
deixe-me a esperança.

Se me faltar a beleza da saúde,
conforta-me com a graça da fé.

E quando me ferir a ingratidão
e a incompreensão dos meus semelhantes,
cria em minha alma a força
da desculpa e do perdão.

E, finalmente Senhor, se eu Te esquecer,
nunca Te esqueças de mim!

Conselhos de um velho apaixonado

Carlos Drummond de Andrade

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.

Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu. Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Algo do céu te mandou um presente divino: O AMOR!

Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e, em troca, receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida. Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado...

Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...

Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...Se você tiver a certeza que vai ver a outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela... Se você preferir fechar os olhos, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Às vezes encontram e, por não prestarem atenção nesses sinais, deixam amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. É o livre-arbítrio.Por isso, preste atenção nos sinais.Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR !!!

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Hexacosioihexecontahexafobia

Você sabia...?

Hexacosioihexecontahexafobia -- sim, é uma palavra complicada! -- é o nome dado ao medo do número 666.

Este temor advém da crença nas implicações malignas do número da Besta, citado no Apocalipse de São João 13:18. Devido à relação do número com o Mal, muitos consideram como algo a ser evitado, uma superstição.

Os indivíduos hexacosioihexecontahexafóbicos tendem a evitar não somente o número 666, mas também, em casos mais raros, qualquer coisa que lembre este número. Um dos mais famosos casos de Hexacosioihexecontahexafobia foram o do presidente americano Ronald Reagan e sua esposa Nancy, quando mudaram o número de sua casa em Bel Air (L.A., California) de 666 para 668.

A BESTA NOS ESCRITOS CRISTÃOS PRIMITIVOS

Parece que o primeiro escritor cristão a tentar decifrar a besta do apocalipse foi Ireneu em sua obra "Adv. Haer. V, 30,3". Ele sugeriu vários nomes dentre os quais Lateinos (Latino) e Teitan (Titã). A transliteração destes nomes somados dá o valor 666. Também o nome “Neron Caesar” (César Nero) em grego vertido para o hebraico dá 666:

N V R N R S Q
50 + 6 + 200 + 50 + 200 + 60 + 100 = 666

Na forma latina (tirando-se o “n”) o número varia para 616. Parece que esta era a interpretação mais convincente para os cristãos primitivosm, tanto que dois pequenos manuscritos do Apocalipse, que hoje já não mais existem, trazia 616 ao invés de 666.

domingo, 10 de junho de 2007

Constrangidos pelo amor: do ateísmo para Cristo

Alderi Souza de Matos

Ao longo da história, não têm sido muito comuns os casos de ateus que se converteram à fé cristã. Em primeiro lugar, isso se deve ao fato de que, durante muito tempo, o número de ateus declarados foi bastante reduzido. O fenômeno do ceticismo religioso tem sido mais visível nos últimos séculos, especialmente a partir do Iluminismo. Em segundo lugar, o ateísmo, quando resulta de uma decisão intelectual consciente e deliberada, é uma posição da qual o indivíduo não é demovido com facilidade. Entretanto, se a incredulidade em suas diversas formas for entendida de maneira mais abrangente, incluindo a indiferença em relação a Deus ou o ateísmo prático, é possível encontrar um maior número de histórias de conversão. Os casos a seguir são uma pequena amostragem dessas diferentes situações, partindo de exemplos pouco conhecidos para concluir com aquele que talvez seja um dos mais famosos ateus convertidos a Cristo nos últimos tempos.

Uma viagem transformadora

O inglês Musgrave Reid, que narrou a sua conversão no livreto From Atheism to Christ (Do Ateísmo para Cristo), havia sido batizado e confirmado na Igreja Anglicana. Com o passar dos anos, desiludiu-se com a igreja e com a fé cristã, vindo a tornar-se discípulo de Charles Bradlaugh, um conferencista ateu. Mais tarde tornou-se secretário da Sociedade Fabiana de Manchester, secretário da Associação Socialista de Lancashire e secretário-geral do Partido Trabalhista Independente. Manteve-se incrédulo por vinte anos.

Sua conversão ocorreu numa viagem de negócios aos Estados Unidos, na qual percorreu todo o país, visitando 62 cidades. Em certa ocasião, atravessando de trem as Montanhas Rochosas cobertas de neve, a 4.500 metros de altitude, ele ficou tão impressionado com o deslumbrante cenário que a sua mente começou instintivamente a buscar uma explicação para aquelas maravilhas. Ao mesmo tempo, começou a questionar as suas posições materialistas, influenciadas em parte pela recente teoria evolucionista. Ele mesmo narra a sua experiência: “Imperceptivelmente, descobri que a minha mente estava experimentando uma mudança. Surgiu um irresistível senso de deslumbramento e a reverência se insinuou em meus pensamentos... Caí de joelhos e clamei: ‘Ó Deus, se tu existes, revela-te!’ Pedi luz e a luz veio como uma torrente”. Tudo isso aconteceu enquanto ele tinha em mãos um dos livros de Robert G. Ingersoll (1833-1899), o conhecido advogado e orador materialista norte-americano.

Voltando para a Inglaterra, o processo de conversão de Reid se completou com a leitura da Bíblia, e especialmente com as palavras de João 3.16. Agora ele não somente cria na existência de Deus, mas o conhecia como aquele que se revelou em Cristo e na cruz. Durante o restante da sua vida, Reid contou aos outros o que Deus havia feito por ele.

O exemplo de um subalterno

Um dos maiores pregadores do Estados Unidos no final do século 19 e início do século 20 foi Russell H. Conwell (1843-1925). Conwell foi um valoroso capitão na Guerra Civil Americana (1862-1865), mas era um firme adepto do ateísmo desde que estudou na Universidade de Yale, para desgosto do pai, um piedoso metodista. Na guerra, ele teve como ordenança um jovem cristão chamado John Ring, a quem Conwell proibia de ler a Bíblia em sua barraca. Durante um batalha na Carolina do Norte, Conwell se esqueceu de levar consigo uma espada folheada a ouro que muito apreciava. O jovem ordenança passou pelas linhas inimigas e pegou a espada, mas ao atravessar uma ponte em chamas sofreu graves queimaduras. Antes de morrer no hospital, deixou uma mensagem para o seu capitão: “Eu queria dar-lhe a sua espada, e então ele saberia o quanto eu o amava”.

Depois disso, Conwell não foi mais o mesmo. Após ser deixado como morto em uma batalha e ter passado por um período de grande aflição interior, ele finalmente encontrou a paz. Sua oração foi: “Senhor, ajuda-me a fazer o meu trabalho e também o trabalho do meu heróico jovem soldado”. Ele se tornou um afamado pregador, foi o criador e o primeiro presidente da Universidade Temple (em Filadélfia), batizou mais de seis mil conversos e fundou três hospitais ligados à sua igreja. Quando morreu, foi enterrado com a espada que durante toda a vida lhe lembrou o fiel soldado John Ring.

Surpreendido pela alegria

C.S. Lewis (1898-1963) foi um dos cristãos mais destacados do século 20. Seus livros continuam sendo muito lidos e dentro em breve estreará nos cinemas do Brasil um filme baseado em uma de suas obras mais conhecidas, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa. Lewis nasceu em uma família protestante residente em Belfast, na Irlanda do Norte. Desde pequeno, adquiriu um grande amor pelos livros. Quando estava com dez anos, a sua mãe morreu de câncer, o que o deixou profundamente magoado. Começou a ter dúvidas a respeito de Deus e quando foi para um internato tornou-se um ateu confesso. Educado por um professor particular, veio a ser grande conhecedor da literatura clássica e um pensador e escritor de grande capacidade crítica e analítica. Ao mesmo tempo, firmou-se ainda mais em seu ceticismo.

Nos anos seguintes, vários fatores o levaram à fé em Deus. Em primeiro lugar, o terrível sofrimento mental de um veterano de guerra que ficou hospedado por algumas semanas em sua casa e acabou morrendo de um ataque cardíaco. Lewis observou em uma carta: “... é um mundo miserável – e nós havíamos pensado que poderíamos ser felizes com livros e música!” Um segundo instrumento da sua conversão foi a leitura de autores cristãos como George MacDonald (Phantastes) e G.K. Chesterton (The Everlasting Man), que levantaram sérias indagações quanto ao seu materialismo. Finalmente, ele foi ajudado e desafiado por vários amigos cristãos, entre eles o escritor J.R.R. Tolkien. Em 1929, Lewis reconheceu que “Deus era Deus, ajoelhou-se e orou”. Dois anos depois, finalmente admitiu que Jesus Cristo é o Filho de Deus e se tornou um membro comungante da Igreja da Inglaterra. Nessa época era professor do Magdalen College, na Universidade de Oxford; mais tarde haveria de lecionar também em Cambridge.

Durante 30 anos, Lewis tornou-se um “evangelista literário”, comunicando a sua fé através de um grande número de livros para adultos e crianças, voltados para a apologética e o discipulado cristão. Escreveu, entre outros, O Retorno do Peregrino, Longe do Planeta Silencioso, Perelandra, As Crônicas de Nárnia, O Problema do Sofrimento, Cartas do Diabo a seu Aprendiz, O Grande Abismo, Cristianismo Puro e Simples, Até que Tenhamos Rostos (considerado por ele a sua melhor obra de ficção) e um livro autobiográfico, Surpreendido pela Alegria. Em 1956, Lewis casou-se com uma antiga admiradora, Joy Davidson, que morreu de câncer em 1960, três anos antes da morte do próprio Lewis.

Conclusão

Muitos ateus e agnósticos militantes procuram desqualificar relatos de conversão ao cristianismo semelhantes a estes. Eles geralmente argumentam que os indivíduos convertidos não eram ateus de fato, nunca abraçaram uma posição de incredulidade de modo consciente e racional. Insistem que a experiência religiosa carece de autenticidade, sendo sempre condicionada por experiências negativas, sofrimento ou medo da morte, entre outras causas. Todavia, deliberadamente esquecem que o materialismo também pode ser, e com freqüência é, condicionado por fatores externos com influências familiares, intelectuais e culturais. Do ponto de vista bíblico, o ceticismo é uma das mais dolorosas manifestações da rebeldia e ingratidão humana contra Deus (Sl 14.1-3; Rm 1.18-21), reprimindo e sufocando o senso do transcendente que existe no íntimo de cada um. As narrativas acima mostram que há esperança para os que não querem ou acham que não podem crer.

Alderi Souza de Matos é doutor em história da igreja pela Universidadede Boston e historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil. Fonte: site da Editora Ultimato.

sábado, 9 de junho de 2007

A Pós-Modernidade e a Singularidade de Cristo

por
Ricardo Barbosa de Souza

Vivemos o risco de um novo modelo de intolerância. Afirmar a centralidade da obra de Cristo já pode ser visto como preconceito.

Uma das contradições da cultura pós-moderna e globalizada é sua capacidade de romper fronteiras e preconceitos, tornando-a mais inclusiva e, ao mesmo tempo, criar outras fronteiras e preconceitos, tornando-a extremamente exclusiva e violenta. Nas últimas décadas, a civilização ocidental tem feito um enorme esforço para diminuir as distâncias entre as raças, romper com os preconceitos e a discriminação sociais e criar uma sociedade menos violenta e mais aberta à inclusão das minorias. Por outro lado, vemos uma enorme massa de excluídos que cresce a cada dia, transformando-se em alvos e agentes de violência e preconceitos jamais vistos.

Dentro do cenário religioso observamos um movimento semelhante. Se por um lado a diversidade é uma característica do mundo globalizado, ampliando os horizontes e quebrando barreiras sociais e culturais, por outro, vivemos o risco de um novo modelo de intolerância. A própria abertura criada pela sociedade impede que expressemos nossos valores ou crenças, mesmo que o façamos sem agredir ou violar o direito daqueles que não concordam com eles. Tudo em nome de uma tolerância que cria a ditadura de um pensamento monolítico.

A relativização dos valores morais, o rompimento das tradições e o colapso do modelo tradicional da família abriram espaço para a aceitação e inclusão dos novos modelos morais e sociais. Muitos desses modelos contrariam os princípios cristãos mais fundamentais e comprometem a saúde da sociedade; contudo, temos presenciado a reação de vários grupos que não admitem a contradição. Vivemos hoje o que o doutor James Houston chama de uma nova forma de fundamentalismo, o da “democracia liberal”, que impõe sobre nós a obrigação de aceitar e admirar tudo aquilo que contraria princípios e valores que fazem parte da consciência cristã.

Muitos cristãos sentem-se intimidados por não poderem expressar suas convicções religiosas ou morais diante do novo fundamentalismo. Nossa cultura tornou-se moralmente e religiosamente liberal e requer que todos sejamos igualmente liberais. Isso significa que, num futuro não muito distante, sejamos impedidos de falar da revelação bíblica do pecado ou mesmo de sustentar publicamente nossas convicções morais, sob o risco de sermos considerados preconceituosos.

Outro aspecto preocupante dentro do cenário globalizado é o futuro da centralidade da morte e ressurreição de Cristo para a vida e a espiritualidade cristãs. Imagino que, mais cedo do que pensamos, enfrentaremos uma forte resistência à afirmação bíblica de que Jesus é “o caminho”, “a verdade”, “a vida”, de que ele é “o único Senhor”, de que “não há salvação fora dele” e de que ele é o “único que pode perdoar nossos pecados”. Todas essas afirmações são, por si, uma agressão ao espírito “democrático” da sociedade pós-moderna.

Afirmar a exclusividade de Cristo implica na negação e rejeição de qualquer outro nome que possa nos reconciliar com Deus, e isso soa como um preconceito, uma forma de discriminação inaceitável. Afirmar que a Bíblia é a Palavra de Deus e que só ela traz a revelação do propósito redentor de Jesus é também uma afirmação que pode ser considerada preconceituosa, uma vez que nega todas as outras formas de revelação.

De certa forma, isso já vem acontecendo. A espiritualidade cristã pós-moderna vem se tornando cada dia mais light. Fala-se muito pouco sobre o arrependimento e o pecado; prega-se quase nada sobre a cruz e a ressurreição; as Escrituras vêm perdendo sua autoridade. Jesus vem sendo reduzido a um grande líder, alguém que nos deixou um bom exemplo para seguir – alguma coisa no mesmo nível de Buda, Ghandi, Dalai Lama ou outro grande líder da humanidade, mas nada muito além disso. Fala-se muito de um Deus que é Pai e nos aceita, ama, acolhe e perdoa, o que é certo e bíblico; mas corre-se o risco de, por trás dessa linguagem suave e atraente, embutir uma espiritualidade que pensa ser possível conhecer a Deus-Pai sem a mediação de seu Filho Jesus Cristo.

A primeira geração de cristãos pós-modernos já está aí. São crentes que pouco ou nada sabem da Palavra de Deus e demonstram pouco ou nenhum interesse em conhecê-la. Cultivam uma espiritualidade verticalista, com nenhuma consciência missionária, social ou política. Consideram tudo muito “normal” e não vêem nenhuma relevância na cruz de Cristo. Acham que a radicalidade da fé bíblica é uma forma de fanatismo religioso e não demonstram nenhuma preocupação em lutar pelo que crêem, se é que crêem em alguma coisa pela qual valha a pena lutar.

A espiritualidade bíblica e cristã encontra-se solidamente fundamentada nas Escrituras Sagradas, centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo, alicerçada na revelação trinitária de Deus. É uma espiritualidade que leva em conta o pecado, não como uma categoria psicológica ou sociológica, mas como uma realidade teológica. Portanto, não será a cultura que haverá de determinar sua natureza, mas a antropologia bíblica. É também uma espiritualidade que, além de promover a oração, a comunhão e a intimidade com o Pai por meio de Cristo, envolve-nos com o Reino de Deus, estabelecendo novos paradigmas morais, políticos, econômicos e sociais que nem sempre comungam com a ordem estabelecida pela cultura. A espiritualidade cristã não é simplesmente uma forma de nos sentirmos bem em nossa busca religiosa, mas a forma como respondemos a Deus através da revelação de Jesus Cristo.

O cristão pós-moderno é hoje desafiado a experimentar uma espiritualidade que o coloque na fronteira entre a comunhão vertical da oração, meditação, contemplação e intimidade com Deus, e o compromisso horizontal com a missão evangelizadora, com os pobres, com a justiça e o serviço; entre a inclusão, buscando receber, acolher e amar os diferentes, mas também rejeitar, confrontar e lutar contra o pecado e todas as suas formas de escravidão e aprisionamento; entre o diálogo inter-religioso na procura por mecanismos sociais mais justos, mas também na afirmação e compromisso com as verdades absolutas da revelação bíblica.

Que o Espírito Santo nos dê discernimento e coragem para uma fé e um espírito comprometidos com o Deus da Aliança, preservando a identidade cristã, mesmo que isso nos custe alguns processos.

Ricardo Barbosa de Souza é conferencista e pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasilia.

http://www.monergismo.com/
Este site da web é uma realização deFelipe Sabino de Araújo Neto®
Proclamando o Evangelho Genuíno de CRISTO JESUS, que é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que crê.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Por que adoramos a Deus?

Deus é amor.

A bíblia é perfeita em usar o verbo ser. Em Deus sendo amor, pretendeu e comunicou este atributo da perfeição, criando tudo o que há, e tudo o que tem vida.

O amor é imperativo. Sim, a finalidade última de todas as coisas é o amor. Um Deus que permitisse que o amor fosse opcional, facultativo, não seria um Deus nem onipotente, nem sábio, nem soberano.

Por extensão, a Deus é devida a glorificação pelos seus atos, posto que por sua graciosa dádiva nos deu um mundo rico em formas, cores, nuances, utilidades, etc. A beleza de uma orquídea, a vastidão do céu azul, a formosura de uma noite estrelada, o beijo de quem ama, o afago de uma mãe, o abraço de um amigo, a docura de um favo de mel, o canto de um pássaro, o perfume das flores... inúmeras coisas belíssimas podemos contemplar com a visão e os demais sentidos. Tudo fornecido gratuitamente pelo Criador.

Por isto, para os que crêem, ilógico, irracional e incoerente é não render graças a um Deus generoso. Não porque Ele precise, mas porque isso Lhe é devido naturalmente. Da mesma forma que uma criança naturalmente ama um bom pai, os cristãos naturalmente amam a Deus, o qual nos amou primeiro.

Amamos o Altíssimo porque isto é um princípio justo.

domingo, 3 de junho de 2007

Ateísmo e Fé

Há algum tempo, um articulista do suplemento cultural de prestigioso jornal, reconhecendo a antipatia que a palavra ateu causa na maioria das pessoas, propôs, copiando a idéia de outros ateus americanos, que aquele nome seja substituído por outro mais simpático, com carga de significado positiva, por exemplo a palavra “brilhante” (bright no original), à semelhança do que fizeram os homossexuais ianques ao autodenominarem-se gays (alegres), para amenizar o antagonismo suscitado em outrem por seu modo de vida.

Os autores da “brilhante” idéia criaram um site com a lista dos maiores ateus da história, “para encorajar outros a assumir seu ceticismo, sua noção não-religiosa da realidade, sua dúvida em relação a entidades imateriais”, acrescenta o ateu nativo.

Outro americano, um biólogo, também gestor de um site, que logo aderiu ao movimento, anotou que “nós, os brilhantes, não acreditamos em fantasmas ou elfos ou no coelhinho da Páscoa – nem em Deus”.

Não há como deixar de sorrir ao ler a proposta, pela franqueza quase ingênua com que essas mentes “brilhantes” desvendaram em público as mais recônditas razões de seu ateísmo, que se entremostram sob a convencional ostentação vaidosa, baseada na pseudofundamentação científica de sua crença.

O ateísmo rejeita a natureza espiritual do homem, embora a sua mera existência e condição de ser racional clamem em favor dela. O ateísmo é, portanto, uma revolta contra a natureza. Daí a aversão que a própria palavra suscita - como bem observaram os proponentes da idéia - no comum das pessoas. Daí também a inutilidade de mudar-lhe o nome – “a rosa, com outro nome, teria o mesmo cheiro”, diz a Julieta de Shakespeare – pois certas coisas têm odor inconfundível com qualquer nome.

Não deixa de ser curiosa a solução proposta. Assim como a alegria genuína só pode florescer na conformidade com a própria natureza - e por isso mesmo os santos são com justeza chamados “Beatos” (felizes), pois realizaram a plenitude de sua individualidade num desabrochar espiritual – também a razão humana só refulge plenamente ao reconhecer a própria contingência, e sujeitar-se à suprema inteligência do Criador do universo.

Analogamente, a palavra “brilhante”, em sentido figurado, sempre significou “ilustre”, “próspero”, “arrebatador”, e também “feliz”, aplicando-se em especial àquelas mentes privilegiadas, capazes, não só de um relâmpago de súbita compreensão, mas também de reduzir as outras pelo fulgor da inteligência. Ao contrário, é um paradoxo autodenominarem-se “brilhantes” indivíduos cuja mente opaca, porque centrada num auto-suficiente narcisismo, revela-se mais impenetrável à luz da verdadeira intelectualidade. Para esses mais calharia o epíteto de “tenebrosos”.

Ao inverso do que procuram fazer crer alguns ateus, o ateísmo nunca é conseqüência de madura reflexão, ou resultante inelutável do conhecimento científico ou filosófico; é freqüentemente uma escolha pré-racional de ordem metafísica, fruto de orgulho e rebeldia, uma manifestação da puberdade intelectual, como a acne o é da biológica.

Para afirmar o próprio ego, o adolescente busca rejeitar a autoridade; a constatação é de psicologia elementar. Não é raro, nesta fase, a rebeldia juvenil manifestar-se como ateísmo Só que com o tempo o jovem normal supera essa etapa, insere-se como indivíduo e como ser humano na ordem hierárquica da sociedade e do mundo. Amadurece e torna-se adulto, freqüentemente retornando à fé aprendida na infância, numa volta superior da espiral de crescimento intelectual, ou, se não a teve, buscando com sinceridade respostas às grandes questões metafísicas, o que pode levar à conversão.

Pode dar-se que o ateísmo juvenil perdure por inércia na idade adulta, por falta de reflexão ou desinteresse; assim também há indivíduos “religiosos” por inércia, a carregar uma “fé” puramente social e convencional. Ateus (e crentes) deste tipo são em geral tolerantes, e, se bem formados, respeitadores das crenças alheias.

Coisa bem diversa é ateísmo militante, cujos aderentes encaram a descrença como dogma, e a destruição da fé em Deus como um apostolado. Esses, em sua revolta anti-espiritual contra a autoridade divina, fixam-se na adolescência, e elegem o próprio ego como deus de si mesmos. A posteriori, buscando justificativas racionais para a escolha feita, encantam-se ainda mais com a própria inteligência, sobretudo se adquiriram um cabedal de informações científicas e filosóficas, ou lograram reconhecimento da seleta igrejinha do mundo acadêmico, cujo shibboleth consiste precisamente na profissão de fé materialista e atéia.

Todavia, ao contrário do que propalam, sua opção nada tem de racional, explicando-se melhor por um processo emocional.

Ilustração exemplar desse processo é fornecida, numa narrativa autobiográfica, pelo jornalista e escritor Paulo Francis, ex-guru de uma geração de esquerdistas brasileiros antes de renegar o marxismo, o que o transformou ipso facto na besta-fera do seu antigo cortejo de aduladores

Francis, que infelizmente recalcitrou no ateísmo até sua morte repentina, assim descreve o episódio de sua “conversão”:

“Foi no estribo de um bonde, ... que, finalmente, cheguei à conclusão de que God não existia. Eu vinha discutindo comigo mesmo há (sic) meses, a polêmica mais difícil que já tive na minha vida, e, de repente, as peças do quebra-cabeça entraram todas no lugar. Uma sensação maravilhosa, uma prize (sic), o corpo todo se relaxou, o vento na cara ficou vivo, a mão no balaústre se fortaleceu (“Paulo Francis Nu e Cru”- Editora Codecri – Rio, 1976 – p. 89)”.

Como se vê, a opção ateísta nada tem de racional: onde se nota, no relato de um dos mais brilhantes e festejados intelectuais brasileiros do último quartel do século XX, qualquer indício de racionalidade? Onde o silogismo, onde a prova intelectual, onde o cabedal de informação científica que é alardeado pelos “brilhantes” como fundamento de seu ceticismo?

Ao contrário, a crer em Francis (e nada indica que o seu processo difira do de outros ateus, a não ser na sinceridade do relato), a opção pela descrença antes resulta de uma prise pré-intelectual que se aproxima curiosamente do que um zen-budista denominaria de “pequeno satori”. O processo vivenciado por ele guarda analogias com a técnica zen denominada koan: o praticante rumina continuamente durante longo tempo um paradoxo insolúvel (por exemplo: “como era meu rosto antes de nascer?”), até que a mente exausta rende-se e deixa ruir o arcabouço conceitual.

Isto permite que o indivíduo experimente uma súbita percepção da realidade sem a interferência dos processos mentais, cujo sintoma mais claro, no caso de Francis, foi a nitidez de suas sensações físicas: o vento no rosto, a força ao empunhar o balaústre. Ao mesmo tempo, “todas as peças do quebra-cabeças encaixaram-se em seus lugares”. Trata-se, obviamente, de uma experiência emocional, quase mágica, logo anti-racional.

A diferença é que o praticante zen interpreta essa experiência em termos da Weltanschhaung budista: “não há eu nem outro, apenas a natureza de Buda”, e a isto denomina satori, ou iluminação. Francis, sem essa referência, interpretou-a em termos de uma “conclusão” pela inexistência de Deus, quando o que se esfumara fora apenas a “idéia” de Deus por ele formulada: na verdade um ídolo modelado pela mente do próprio sujeito. Trata-se aqui, mais uma vez, do clássico erro do pensamento moderno, de tomar o “conhecer” pelo “ser”, a confusão entre gnosiologia e ontologia: “o que existe em minha mente é real; o que não existe em minha mente não é real”. Eis aí toda a tragédia do nosso tempo.

Por conseguinte, embora ostentados como de rigor pelos ateus falantes, tais como os auto-intitulados “brilhantes”, o descortino intelectual e o conhecimento científico nada têm a ver com o ateísmo. Muitos dos ateus mais empedernidos ostentam uma ignorância impenetrável sobre tudo o que não se relacione aos seus próprios conceitos, que a seu ver constituem nada menos que a enciclopédia do conhecimento.

Acreditando compor uma seleta elite, esses ateus, ao fazerem da própria descrença um dogma e da “ciência” uma seita, olham de cima para os que crêem em Deus, considerando-os como pessoas de mentes infantis, incapazes de escalar as alturas de sua própria compreensão. Isso os infla ainda mais de auto-importância e satisfação consigo mesmos.

Essa visão tem a vantagem suplementar de permitir a criação de uma moral “ad hoc”, da qual tudo que é penoso pode ser excluído. “Se não há Deus, tudo é permitido”, clama uma personagem de Dostoievsky”, creio que o Raskolnikov de ”Crime e Castigo”. Sendo assim, cada um pode gozar a vida como lhe parecer. Isso e mais o louvor dos doutos: que mais pode um ego desejar?

Como a inexistência de Deus carece de prova filosófica – ao contrário de sua existência, demonstrada racionalmente desde Aristóteles (vide artigo a tal propósito neste site) – o ateu inseguro, mas presunçoso, precisa reforçar a própria descrença (ou antes, crendice) pela corroboração de outros egos e o aplauso público.

Daí a necessidade de criar um site com o rol dos ateus famosos, em cuja seleta companhia o ateu medíocre complacentemente se coloca, “brilhante” entre seus iguais, mas olimpicamente acima da humanidade ordinária. Apenas, infelizmente, não se podem incluir naquele rol Aristóteles, fundador da ciência ocidental; nem Descartes, pai do racionalismo moderno; nem Galileu, ícone predileto do martiriológio anti-católico, mas ele próprio auto-proclamado católico; nem Einstein; et caeteri , apenas para citar alguns dos reconhecidos pelo establishment acadêmico.

Daí também a arrogância ridícula de lançar no mesmo balaio a crença em Deus e no coelhinho da Páscoa, como fez o tal biólogo ianque, para desqualificar intelectualmente, de maneira bem pouco científica e nada ética, aqueles que professam ponto de vista diverso do dele próprio. A crença em elfos e fantasmas calha melhor ao ateísmo que ao teísmo, pois, como disse Chesterton, o problema do cético não é não crer em nada, mas sim crer em tudo.

Os falsos “brilhantes” crêem, sim, em elfos, fantasmas e no coelhinho da Páscoa, desde que convenientemente apresentados em jargão acadêmico, bem disfarçados com a capa do racionalismo – essa fé irracional na razão – e devidamente chancelados com o aval da “comunidade científica”.

Embora invocando Dawkins, autor de “O Relojoeiro Cego” (ou seria “O Biologista Cego”?), que afirma que a natureza tem design, mas não designer, o subscritor do artigo admite que “afinal, a ciência não pode responder a perguntas como ‘O que existia antes do que existe?’”.

Trata-se de um rasgo de honestidade intelectual que obrigaria qualquer ateu, que não cegado pela paixão dogmática, a conceder à crença em Deus pelo menos o benefício da dúvida.

Não é essa a conduta de Dawkins, que no livro citado busca precisamente comprovar “cientificamente” a inexistência do “Designer” da natureza. É uma tentativa canhestra. Numa de suas linhas de argumentação vale-se de um programa de computador, apto a formar uma sentença de Shakespeare a partir da combinação “casual” das letras do alfabeto.

Esqueceu-se o ilustre sábio de que, sem um experimentador inteligente, capaz de conceber o computador e o programa, e determinado a alcançar um objetivo preciso (a “demonstração” em causa), não haveria experimento possível. Isto para não mencionar a necessária preexistência do idioma inglês e da obra do dramaturgo de Stratford, presumivelmente, também, produtos da inteligência e da intenção.

Para efetivamente comprovar a possibilidade de produzir-se um “design” sem “designer”, o sagaz cientista deveria realizar um experimento sem experimentador, pois este, forçosamente, assume a função de Criador do seu micro-sistema, demonstrando assim o oposto do que pretendia.

Mas não se trata de uma exceção, pois muitos ateus e materialistas abusam da equivocidade do termo “ciência” para eximir-se de comprovar a razoabilidade da própria crença.

Cumpre distinguir entre ciência como método de conhecimento experimental do mundo fenomênico, apto a produzir conclusões verdadeiras no estreito âmbito de sua competência, mas que obviamente não pode mesmo responder às grandes indagações metafísicas, e “ciência” como seita, pseudo-religião, ou anti-religião, e como tal congregação de aderentes a um conjunto de proposições filosóficas hipotéticas, mas tidas como apodícticas, porque pretensamente demonstradas pela “ciência” na primeira acepção.

Essa distinção é propositalmente escamoteada pelos ideólogos do ateísmo, que deslealmente apresentam teorias e hipóteses incomprovadas e incomprováveis como verdades científicas cabalmente demonstradas, no afã de demolir a fé em Deus e ridicularizar aqueles que nele crêem. Não por acaso, em recente entrevista, aquele mesmo ideólogo materialista declarou seu “desprezo” por quem crê num Deus criador. Tal comportamento sectário aproxima-o dos mais estreitos fanáticos de falsas crenças religiosas - “et pour cause”.

O “ateu de passeata” é o análogo complementar do falso crente: acredita piamente em si mesmo e na própria incredulidade, como aquele na própria “idéia” de Deus. Ambos são, no fundo, adoradores de si mesmos.

Ao revés, o homem que crê em Deus e professa a Revelação contida na doutrina católica, embora também sujeito, em razão do pecado original, à tirania do egoísmo, aceita a priori a própria contingência: sabe-se finito, mortal e sujeito a leis – naturais e morais - que não criou nem pode alterar. Essa humildade embrionária é o solo no qual pode germinar, pela graça da Fé, a virtude da Fé.

Fé não é crendice, nem ausência de dúvida, inerente à própria condição humana, tal como se apresenta após a queda. Fé é, ao mesmo tempo, graça e virtude.

A Fé enquanto graça é um Dom gratuito de Deus: não pode crer senão aquele a quem Deus concedeu esse favor, sendo a predisposição necessária para tanto a constatação da própria insignificância, aquela humildade embrionária acima referida, e a aceitação do magistério da Igreja. A graça, uma vez aceita e não impedida, torna-se habitual no “estado de graça”, cultivado pela observância dos Mandamentos e a freqüência aos Sacramentos. Age eficazmente na alma, suscitando a virtude teologal do mesmo nome, coirmã da Esperança e da Caridade.

Fé enquanto virtude é algo que pode crescer, como um “organismo espiritual”, em sinergia com outras virtudes, pela prática da oração e sempre sob o influxo da graça, até o desabrochar de uma plenitude de certeza, que já é contemplação. O fim da contemplação é o amor de Deus, a Caridade, a última das virtudes, a consumar-se na visão Beatífica, e o primeiro e maior dos mandamentos:

“Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com todas as tuas forças” (Mc 12, 28).


Consulta:
Victor Peregrino - "Ateísmo e Fé" MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=religiao&artigo=brilhantes_ateus&lang=bra

Curiosidades da Bíblia


A Bíblia se divide em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento.

A maior Bíblia que se conhece pesa 547 quilos e tem 2,5 m de espessura.

Das cerca de 2.000 línguas e dialetos falados no mundo, cerca de 1.200 já possuem a Bíblia ou textos bíblicos traduzidos.

A Bíblia é o livro mais vendido do mundo. Ela foi a primeira obra impressa por Johann Gutenberg, em seu recém inventado prelo manual, que dispensava as cópias manuscritas. Este fato se deu na Alemanha.

O maior livro da bíblia é Salmos, com 150 capítulos.

O menor livro da bíblia é a 2ª Epístola de S.João.

O maior capítulo é Salmos 119. O menor capítulo é salmos 117.

O maior versículo da bíblia é o do livro de Estér 8,9. O menor versículo é o de Êxodo 20,13.

O versículo central é Salmos 118,8.

O texto áureo da Bíblia é João 3.16, sendo a síntese do Evangelho.

Bíblia contém 31.000 versículos e 1.189 capítulos. Para sua leitura completa, são necessárias 49 horas, a saber, 38 horas para a leitura do Velho Testamento e 11 horas para a do Novo Testamento.

Número Total de livros da Bíblia: 66 livros. Sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.

66, 39 e 27 são todos múltiplos de 3, o número da perfeição, a trindade: PAI e FILHO e ESPIRITO SANTO.

Há 594 capítulos antes do Salmo 118. Há 594 capítulos depois de Salmo 118. Se somarmos estes dois números, o resultado será: 1188.

Qual é o versículo que está no centro da Bíblia? - Salmo 118,8.

Esse versículo diz algo importante sobre a perfeita vontade de Deus para nossas vidas. A próxima vez que alguém lhe disser que deseja conhecer a vontade de Deus para sua vida e que deseja estar no centro da Sua Vontade, diga a ele o centro da Sua Palavra:


Salmo 118,8:

"É melhor refugiar-se no Senhor do que confiar no homem"


sábado, 2 de junho de 2007

A Santíssima Trindade


A Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs, que acreditam no único Deus, preconizado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É um dos dogmas centrais da fé cristã, sendo considerado um dos mistérios mais difíceis de interpretar e compreender.

As Escrituras ensinam que Deus é um, e que além dele não existe outro Deus. Como poderia ter Deus comunhão com alguém antes que existissem as criaturas finitas? A resposta é que a Unidade Divina é uma Unidade Composta, e que nesta unidade há realmente três pessoas distintas, cada uma das quais é a Divindade, e que, no entanto, cada uma está sumamanete consciente das outras duas. Assim, vemos que havia comunhão antes que fossem criadas quaisquer criaturas. Portanto, Deus nunca esteve só.

As três pessoas da Santíssima Trindade cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são “um”. O Pai cria, o Filho redime e o Espírito Santo santifica; e, o entanto, em cada uma dessas operações divinas os três estão presentes. O Pai é preeminentemente o Criador, mas o Filho e o Espírito Santo são tidos como cooperadores na mesma obra. O Filho é preeminentemente o Redentor, mas O Pai e o ES são considerados como Pessoas que enviam o Filho a redimir. O Espírito Santo é o Santificador, mas o Pai e o Filho cooperam nessa obra.

O Pai testificou do Filho (Mateus 3.17), e o Filho testificou do Pai (João 5.19). O Filho testificou do Espírito (João 14.26) e mais tarde o Espírito testificou do Filho (João 15.26).
A doutrina da Trindade é claramente uma doutrina revelada. A palavra “trindade” não aparece no Novo Testamento, é uma expressão teológica que surgiu no séc. II para descrever a divindade. Assim como o planeta Júpiter existia antes de receber este nome, da mesma forma a doutrina da Trindade encontrava-se na bíblia antes que fosse tecnicamente chamada a Trindade.

Várias passagens do Novo Testamento mencionam as Três Pessoas Divinas. Mateus 3.16-17; 28.19; João 14.16,17,26; 15.26; 2 Coríntios 13.14; Gálatas 4.6; Efésios 1.3,13; 2.18; ; 2 Tessalonicenses 3.5; Hebreus 9.14; 1 Pedro 1.2.

A própria Natureza apresenta analogias da Trindade:

(1) A água é uma, mas existe em três estados: líquido, sólido e gasoso (água, gelo e vapor)
(2) O Sol é um, mas se manifesta como luz, calor e fogo.
(3) O triângulo equilátero é composto de três lados e três ângulos iguais. Tire-se um dos lados e já não haverá mais triângulo. Onda há três ângulos, há um triângulo.

Deus é amor. Era eternamente amante. Mas o amor requer um objeto a ser amado; e, sendo eterno, deve ter tido um objeto de amor eterno, a saber, seu Filho. O amante eterno e o amado eterno. O vínculo eterno e caudal desse amor é o Espírito Santo.
a
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, hoje e sempre. Amém!