sábado, 6 de outubro de 2007

O não-amar como caminho de auto exclusão

Deus é amor e deseja ter comunhão com o homem, a quem comunicou Seus dons, dentre eles, o amor. Foi exatamente para isso que criou o ser humano. Mas... se um homem não quer amar a Deus, conseqüentemente não deseja ter comunhão com ele. Pois o amor é isso, resulta em comunhão, num relacionamento sincero, num vínculo de amizade.

Assim sendo, quem não ama a Deus nada mais está trilhando por um caminho de auto-exclusão, pois Deus não obriga ninguém a amá-lo, uma vez que não viola a vontade da criatura.

A problemática se instala porque o não-amar a Deus é pecado (ferindo o primeiro e principal mandamento, ratificado por Cristo no Novo Testamento). O pecado é uma transgressão. Toda transgressão implica na ação da justiça divina retributiva, pois Deus não pode ser omisso à sua própria natureza santa.

O não-amar fere à própria finalidade da existência do homem, que foi criado para amar a Deus e ao próximo. O não-amar é uma afronta ao próprio princípio existencial, tornando-se uma verdadeira abominação. Como a eternidade com Deus é baseada no amor, aquele que não O ama nada mais está do que imputando a si mesmo uma auto-rejeição ontológica, está não só odiando a Deus por ferir Sua natureza santa, mas odiando a si mesmo, por que, em última análise, está recusando para si toda boa dádiva que Deus oferece gratuitamente.

O pecado é uma desarmonia. Imaginem uma orquestra sinfônica, que normalmente tem mais de 100 integrantes: um violino desafinado desarmoniza a melodia, operando contra o restante dos instrumentos. O que deve ser feito? Afinar o violino, isto é, deixá-lo de acordo com a harmonia que a melodia exige. Se o violino não presta, ele ficará de fora da orquestra, porque a desarmoniza. Da mesma forma, o pecado desarmoniza o homem para com o maestro (Deus), porque o maestro não pode negar o seu ofício: Primar pela excelência melódica. Então, aquele que não ama ficará de fora, pois optou por andar em desarmonia em relação ao padrão divino, que é o da excelência: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Por tudo isto, a escritura não erra em afirmar que o incrédulo é insensato, pois é como se padecesse do mais alto grau de loucura, por rejeitar um amor tão grande - o amor de Deus.

Faz sentido.

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